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Adesão do Vietnã ao algodão brasileiro e parceria com órgãos chineses marcam a nona missão do Cotton Brazil no ano

O Cotton Brazil, programa de promoção do algodão brasileiro da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), finalizou a Missão Vietnã-China com saldo positivo. Durante a semana, foram realizados eventos, visitas técnicas e reuniões de trabalho que mostraram a adesão da indústria têxtil vietnamita à pluma brasileira e a abertura do mercado chinês à parceria com o Brasil.

Esta foi a nona missão internacional do Cotton Brazil, realizado pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

A delegação brasileira, composta por oito representantes, cumpriu uma série de agendas nos dois países de 17 a 23 de novembro com objetivo de intensificar ainda mais os negócios. China e Vietnã responderam por 64% das exportações nacionais de pluma realizadas no ano comercial 2023/24.

Um dos pontos altos da agenda pelo Vietnã foi confirmar a adesão ao algodão brasileiro. “Reunimos com indústrias vietnamitas que utilizam até 80% da nossa pluma para compor seu blend de fábrica. É uma conquista muito importante para nós, porque estamos falando do segundo maior exportador mundial de têxteis”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

Em 2023/24, o Brasil ampliou de 15% para 27% a participação nas importações vietnamitas de algodão, totalizando 392 mil toneladas adquiridas. Com isso, o país foi o segundo a mais importar o produto brasileiro no período.

Três cidades foram visitadas pela comitiva brasileira no Vietnã. Em Hanoi, capital, o primeiro compromisso foi a visita técnica à fiação Tra Ly Hưng Yen, seguida por uma reunião de trabalho com a Vietnam Cotton and Spinning Association (VCOSA), a Vietnam National Textile and Garment Group (Vinatex) e diplomatas brasileiros. Hanoi também recebeu uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook”, voltado para empresários, industriais e investidores.

Em seguida, em Hue, o Cotton Brazil promoveu uma reunião-almoço com 12 das principais indústrias têxteis locais, seguida por uma visita técnica a uma fiação da Vinatex.

Em Ho Chi Minh City, a fiação Phu Hoang Spinning foi visitada pela delegação e uma nova edição do “Cotton Brazil Outlook” foi promovida na cidade, mobilizando 92 participantes – entre industriais, empresários, investidores, autoridades e diplomatas.

O embaixador do Brasil em Hanoi, Marco Farani, participou das agendas nas cidades vietnamitas, reforçando a presença do governo brasileiro na iniciativa do Cotton Brazil.

“Um dado importante é que no Vietnã pudemos nos relacionar com companhias que atuam não apenas no país, mas também na Coreia do Sul, no Japão e na China. E comprovamos que a percepção predominante é sobre a evolução do algodão brasileiro principalmente quanto aos indicadores de qualidade”, contextualizou Schenkel.

Já na capital chinesa (Pequim), a delegação priorizou o relacionamento com entidades e empresas chinesas que representam o setor têxtil do país. No primeiro dia, a agenda foi com a Chinatex, atualmente uma das maiores importadoras de pluma brasileira. Em seguida, os encontros foram com a China National Cotton Group Corporation (CNCGC), a China National Cotton Exchange (CNCE), a China Cotton Textile Association (CCTA) e a China Cotton Association (CCA).

A China é a principal importadora de algodão do Brasil. No ano comercial 2023/24, absorveu 49% de todas as exportações brasileiras, somando 1,138 milhão de toneladas. Nessa temporada, o Brasil atingiu um feito histórico nas relações China-Brasil: foi o responsável por 40% das importações totais de algodão feitas pela China. Reflexo do aumento de 203% nas compras da pluma brasileira.

Fonte: Abrapa

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ampasul

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