Experiência Sou de Algodão leva estudantes do Goiás para a tecelagem Innovativ
Futuros profissionais de moda conheceram o funcionamento de uma tecelagem, além de ouvirem sobre os benefícios do algodão na produção de tecidos
Na última terça-feira (17), o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu uma experiência de estudo com cerca de 20 alunos do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás (UEG), parceira do movimento. O local escolhido foi a tecelagem Innovativ, localizada em Santa Bárbara d’Oeste (SP).
Com mais de 80 anos de experiência no mercado de moda e de decoração no Brasil, a Innovativ valoriza as matérias-primas nacionais, com o propósito de exaltar o potencial criativo brasileiro. Em apresentação inicial para os estudantes, Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, comentou sobre a parceria do movimento com a tecelagem e a importância de unir toda a cadeia para fortalecer a indústria nacional, e a gerente comercial da Innovativ, Thalita Colla, destacou os benefícios do algodão, que é uma fibra natural, versátil e confortável. “Aqui no Brasil, temos toda a cadeia produtiva, desde o cultivo da fibra até o consumidor final. E é por isso que nossa parceria com o Sou de Algodão é tão importante, porque não pensamos apenas na sustentabilidade da matéria-prima, mas também em toda uma cadeia que vai se beneficiar com os aspectos econômicos, sociais e sustentáveis”, afirmou Thalita durante a apresentação.
Os estudantes puderam conhecer, também, o diretor industrial da tecelagem, Ordiwal Wiezel, além de ouvirem sobre a técnica milenar de produção do Jacquard, que permite a criação de padrões complexos através do entrelaçamento de fios tintos. “Aqui, nós priorizamos o uso do algodão no Jacquard, porque traz qualidade e estética, agrega muito ao valor final”, ressaltou Thalita.
Após a apresentação, o grupo seguiu para um tour detalhado e completo por toda a fábrica, onde pôde conhecer as máquinas que produzem fio fantasia, crochê e jacquard, e também o processo de revisão de tecidos, etapa fundamental para a garantia da qualidade dos produtos. Carla Nascimento, coordenadora do curso de Design de Moda da UEG, reiterou a importância de experiências como essa com os estudantes. “É sempre muito enriquecedor para os alunos participarem dessas ações para além da faculdade. Também com o Sou de Algodão, tivemos a oportunidade de ver o processo de produção em uma fazenda de algodão, e agora pudemos conhecer a tecelagem, ver como o algodão se torna uma fibra e como esta se torna um tecido. É bem interessante ampliarmos o horizonte dos nossos alunos nessas experiências”, afirmou.
Já Yago Vindex, estudante do 4º período de Design de Moda da faculdade, considerou a visita à tecelagem algo emocionante e inovador. “Como estamos na outra ponta da cadeia, já com o tecido pronto, costumamos não ter conhecimento sobre as fibras e a produção de tecidos. Então, estar aqui é muito importante, porque ganhamos conhecimento em fios, nas máquinas e nos tecidos, e entendemos que são muitas pessoas e etapas envolvidas em todo o processo”, conta.