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Abrapa e Mapa se reúnem para planejar o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), safra 2023-2024

No final do mês de abril, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se reuniram, em Brasília, para discutir e planejar as operações do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), para a safra 2023-2024. O objetivo foi alinhar as estratégias para garantir a credibilidade das informações sobre as características de qualidade de cada fardo de pluma participante do programa.

Durante o encontro, os representantes das entidades revisaram os dados da safra 2022-2023, com foco no desempenho dos laboratórios e Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) que aderiram ao PQAB. “Um dos pontos de destaque foi a avaliação do checklist do trabalho realizado pelos inspetores de algodão das algodoeiras e pelos profissionais de pluma designados pelos laboratórios. Essa avaliação visa assegurar a precisão das informações coletadas e a confiabilidade do processo de inspeção”, explica a diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi.

O PQAB é a certificação oficial do governo brasileiro que atesta os indicadores de qualidade do algodão produzido no país. Lançado oficialmente em 2023, o programa tem por base o Standard Brasil HVI (SBRHVI), sistema de controle de qualidade da Abrapa, ao qual são adicionados a certificação da amostragem e o controle externo feito por fiscais do ministério.

Foram apresentados os resultados das auditorias feitas pelo Mapa, assim como as inconformidades mais interceptadas durante o primeiro ciclo de safra do programa. “Dos 12 laboratórios brasileiros, seis deles apresentaram nível de excelência acima de 99% de confiabilidade na calibração e assertividade de seus equipamentos. Entretanto, ainda existem grandes desafios, como a distância da confiabilidade de resultados entre esse grupo de excelência e os demais”, explicou Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do ministério.

Questões como a reprodutibilidade de resultados e o respeito às dimensões mínimas de amostra para avaliação laboratorial foram apontadas pelo auditor fiscal como uma oportunidade de melhoria. “Elas precisam avançar na rede laboratorial para que todas as avaliações sejam confiáveis dentro do comércio internacional de pluma”, afirmou Rozo.

Além da análise instrumental feita em laboratórios, a certificação monitora outras atividades de amostragem, como identificação, embalagem, condicionamento e transporte das amostras. Rozo destacou como surpresa positiva da safra 2023/2024 o fato de 92% dos fardos de pluma produzidos na Bahia, participantes do PQAB, terem sido certificados pelo Mapa.

O programa PQAB concentra esforços na verificação dos laboratórios e UBAs dos estados produtores de algodão, buscando garantir o cumprimento das exigências internacionais e identificar possíveis melhorias nos processos.

Ao final da reunião, ficou decidido que não haverá alterações no procedimento das inspeções realizadas nas UBAs e laboratórios, e foi estabelecido uma estratégia anual para as auditorias do Mapa, que serão realizadas tanto nas UBAs quanto em todos os laboratórios participantes do programa de autocontrole do PQAB.

Fonte: Abrapa

Author

ampasul

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