Nova estimativa da safra 2023/2024 da CONAB aponta aumento da área de algodão
A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (11), aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas. Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.
Por outro lado, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.
Mato Grosso do Sul passou de 26.140 hectares na safra passada, para 32.063 hectares, com bom desenvolvimento vegetativo, principalmente nas regiões norte e nordeste do Estado que representam mais de 82% da área total.
A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,6 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4%.
Segundo pesquisa da Esalq/Cepea, publicada na quarta-feira, 10 de abril, os preços do algodão em pluma vêm oscilando neste início de abril. A média do Indicador CEPEA/ESALQ na parcial deste mês está na casa dos R$ 4/libra-peso, a menor desde janeiro deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes indicam ter dificuldades em acordar preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis no spot nacional.
Enquanto vendedores seguem flexíveis, na tentativa de liquidar o saldo remanescente da safra 2022/23 e/ou captar recursos, indústrias ofertam valores ainda menores. Até mesmo as tradings já estão ofertando a fibra no mercado doméstico a patamares inferiores, diante das quedas internacionais.
Fonte: Ampasul