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Abrapa destaca papel do associativismo e da sustentabilidade na ExpoLondrina 2025

O papel do associativismo no fortalecimento da cadeia produtiva do algodão e sua contribuição para a retomada do crescimento da cultura nas últimas décadas foram temas centrais da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no “Seminário Algodão Paraná – Estratégias de incentivo à cotonicultura do Paraná”. Promovido pela Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) no dia 8 de abril, durante a ExpoLondrina 2025, o evento reuniu cerca de 150 pesquisadores, empresários e profissionais do setor, promovendo a troca de experiências e o debate de soluções para o avanço da cotonicultura no estado.

Durante o seminário, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou que o Brasil multiplicou por cinco sua produção de algodão utilizando uma área duas vezes menor em relação ao passado. Atualmente, o país ocupa a liderança nas exportações globais da fibra, com ênfase em qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Segundo ele, essa transformação é fruto de uma mudança estrutural e de mentalidade por parte dos produtores, aliada ao trabalho associativo coordenado pela Abrapa e suas entidades estaduais.

“Nos anos 1970 e 1980, o Brasil cultivava entre 4 e 4,3 milhões de hectares de algodão, produzindo pouco mais de 500 mil toneladas, fazendo com que o país se tornasse o segundo maior importador da fibra. A recuperação começou com a modernização do setor, impulsionada por investimentos em pesquisa, adoção de variedades transgênicas resistentes a pragas, e a implementação de boas práticas agrícolas, além de parcerias estratégicas com instituições como a Embrapa”, disse.

A consolidação do Brasil como potência global na produção e exportação de algodão exigiu não apenas tecnologia, mas também estratégias integradas, visão de longo prazo e organização setorial. Atualmente, praticamente toda a produção excedente do país é exportada, garantindo o abastecimento da indústria têxtil nacional e fortalecendo a presença brasileira nos mercados internacionais.

Ele também destacou as dez estratégias sustentáveis adotadas pela cotonicultura brasileira. Entre elas estão auditoria e verificação, bem-estar e segurança dos trabalhadores e produtores, conservação da vegetação nativa nas propriedades, uso eficiente da água, energia limpa, proteção do solo, manejo integrado de pragas com uso de biológicos, uso eficiente da terra, agricultura digital e de precisão, além de rastreabilidade e transparência. “A evolução do setor nas últimas décadas demonstra que é possível produzir mais e melhor, com respeito aos recursos naturais e às boas práticas ambientais e sociais”, informou.

Outro ponto enfatizado por Portocarrero foi a importância da estruturação de programas robustos que atestem, principalmente no mercado internacional, a confiabilidade e a competitividade do algodão brasileiro. Entre essas iniciativas, destacou-se o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criado para certificar unidades produtivas com base em critérios socioambientais alinhados às melhores práticas globais. Seu sucesso permitiu a expansão para as unidades de beneficiamento (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG).

A rastreabilidade da produção foi abordada como diferencial competitivo, por meio do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Estratégias de valorização da fibra no mercado nacional e internacional, como o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil, foram apresentadas como pilares da promoção da imagem e do consumo do algodão brasileiro.

O seminário também contou com a participação de importantes lideranças do setor. Almir Montecelli, presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), abriu os debates. Eleusio Curvelo Freire, da Cotton Consultoria, apresentou o “Projeto Algodão Paraná”, com foco em temas como variedades, controle de pragas, doenças, ervas daninhas, colheita e transporte. Aristeu Sakamoto, do Sindicato Rural de Cambará, falou sobre custo de produção e rentabilidade, enquanto o professor João Celso dos Santos, da Orbi-Cotton, trouxe uma análise da comercialização do algodão no Brasil e no mundo.

Evento
A ExpoLondrina 2025, uma das principais feiras agropecuárias do País, que ocorre até o dia 13 de abril, celebra 63 anos de história com expectativa de superar os números da edição anterior. Em 2024 o evento registrou mais de 470 mil visitantes e movimentou aproximadamente R$ 1,26 bilhão em negócios, gerando cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos. Ao longo do evento, câmaras técnicas discutirão as cadeias do queijo, do café, novas tecnologias, além de uma série de inovações e transações comerciais.

Fonte: Abrapa

Author

ampasul

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