Grupo Técnico de Qualidade avança no monitoramento da pegajosidade do algodão
Após visitar as fiações Karsten e Fio Puro, em Pomerode (SC), e participar do Seminário Mesdan, que apresentou o instrumento que testa a pegajosidade do algodão — instalado no final do ano passado na unidade de Blumenau do Senai —, o Grupo Técnico (GT) de Qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) decidiu organizar uma reunião para definir um protocolo de utilização desse equipamento e os parâmetros de volume a serem adotados. Com esses dados, os laboratórios integrantes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) poderão iniciar a aquisição das máquinas, realizar testes e informar os produtores sobre a presença de pegajosidade, uma das principais reclamações do mercado global. As visitas ocorreram entre os dias 25 e 26 de março.
“O equipamento permitirá a realização de testes para que os produtores possam identificar e mitigar o problema da pegajosidade, uma demanda frequente dos clientes. Embora seja um equipamento de análise volumétrica, ele não substitui o HVI. A recomendação dos fabricantes é que a amostragem varie entre 20% e 25%”, afirmou Deninson Lima, especialista em análise de pluma do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).
Reconhecido pela International Textile Manufacturers Federation (ITMF), o equipamento é uma ferramenta essencial para monitorar a pegajosidade. Com ele, é possível avaliar o problema e realizar ensaios a cada 100 fardos da fibra. “Trata-se de uma tecnologia moderna, de fácil operação e com pouca influência operacional. Além disso, os estudos apresentados indicam alta precisão e baixa variação de resultados”, disse.
Durante as visitas às fiações, o grupo também analisou os processos industriais, destacando a modernização e a automação, além de identificar desafios relacionados à qualidade do algodão e seu impacto na cadeia produtiva. O objetivo foi compreender as dificuldades recorrentes e as expectativas do setor em relação às melhorias de qualidade.
Inicialmente, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) não adquirirá o equipamento, pois sua atuação se concentra na produção de material de referência para os laboratórios, e não na análise direta para os produtores. No entanto, futuramente, a aquisição pode ser considerada para fins estatísticos ou outros estudos.
Participaram das visitas representantes do CBRA, da Abrapa; do Centro de Análise de Fibras, da Abapa; do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão, da Agopa; da Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton) e do Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton. Esse último já adquiriu um exemplar do testador, que deve chegar em maio. Os demais estão avaliando a aquisição.
Fonte: Assecom