Abrapa, ApexBrasil e Anea se reúnem para discutir ações do Cotton Brazil
Membros da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) participaram, em 24 de setembro, de uma reunião ordinária do Comitê Gestor do Cotton Brazil. Realizada em formato virtual, o encontro discutiu ações estratégicas da iniciativa voltada para promover o algodão brasileiro no cenário global. Entre os tópicos abordados, destacaram-se a realização de dois workshops antes do jantar anual da International Cotton Association (ICA), agendados para os dias 14 e 15 de outubro, o cronograma para o último trimestre de 2024, que inclui visitas aos Estados Unidos e a alguns países do extremo oriente, e a apresentação de um estudo sobre fiações, elaborado pela consultoria Wazir Advirors.
“A reunião foi extremamente produtiva. Estamos planejando ações para promover e divulgar o algodão brasileiro na Ásia e na Europa. De acordo com a avaliação da Apex, o projeto da Abrapa é o mais completo entre todas as cadeias parceiras que trabalham com eles. Um dos aspectos mais valiosos desse grupo é a colaboração com a Anea, os produtores de algodão e a Apex. Essa união fortalece nossas iniciativas e potencializa os resultados”, avalia Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.
Em outubro, ocorrerá o International Trade Event, em Liverpool, na Inglaterra. O evento, promovido pelo ICA, reunirá importantes players do setor de algodão mundial para troca de informações e networking. Antes disso, o Cotton Brazil realizará dois workshops com o objetivo de apresentar os cenários da safra brasileira e as perspectivas futuras de exportação. “O workshop estratégico na ICA será fundamental para impulsionar essa nova abordagem. Acredito que essa mudança mais estratégica do Cotton Brasil é uma resposta necessária às constantes transformações que o setor enfrenta, e é vital que nos adaptemos aos desafios que se apresentam”, explica Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa.
Na ocasião, ele apresentou o estudo elaborado pela consultoria Wazir Advirors, realizado em fiações de seis países: Paquistão, China, Turquia, Bangladesh, Indonésia e Vietnã. “Discutimos as ações planejadas para este ano, com ênfase no nosso alinhamento estratégico, que agora se concentra em dois grandes públicos: as fiações, que sempre foram nosso foco histórico, e as marcas e varejistas internacionais, um segmento que estamos começando a explorar com mais intensidade”, afirma Duarte.
Atuação estratégica
Para abrir e consolidar mercados estratégicos, o Cotton Brazil dialoga com a indústria têxtil internacional, traders de algodão, entidades internacionais, marcas e varejistas por meio de iniciativas de comunicação, relacionamento, inteligência de mercado e projetos especiais. “Missão vendedores e compradores, questões de sustentabilidade e legislação europeia. Esses assuntos estão expandindo, cada vez mais, as novas ações do programa, e elas são estruturadas e extremamente bem-organizadas”, afirma Miguel Faus, diretor da Anea.
Desde sua criação, a iniciativa já promoveu 52 eventos internacionais, reunindo mais de 500 clientes e stakeholders. Elas incluem a Missão Compradores, que traz compradores mundiais para conhecer o modelo brasileiro de produção de algodão, e a Missão Vendedores, que leva produtores nacionais a conhecer a indústria internacional e entender suas demandas.
Na avaliação de Rafaela Albuquerque, gestora do projeto na Apex, o Cotton Brazil está se transformando de um projeto focado em eventos para uma iniciativa muito mais estratégica, atuando em diversas frentes com diferentes tipos de stakeholders. “Ele é o que mais executa ações, se comparado a outros. Todos estão de parabéns”, enfatiza. Para ela, ampliar o leque de ações tem sido benéfico para a iniciativa. “Conseguimos dar um salto significativo em relação ao nosso último projeto em sofisticação. Essa evolução é essencial para consolidar nossa presença e relevância no mercado”, conclui.
Fonte: Abrapa