Primeiro workshop inteiramente feminino marca 14º CBA
Pela primeira vez, em 14 edições do Congresso Brasileiro do Algodão, a programação terá um workshop inteiramente feminino. Com o tema “Fortalecimento da presença feminina na indústria do algodão”, o encontro reunirá, no dia 5 de setembro, último dia do congresso, nomes expressivos de mulheres ligadas à cadeia produtiva da fibra.
A vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, fará a coordenação do workshop. “O agronegócio é um dos setores mais dinâmicos e importantes da economia brasileira. A participação das mulheres tem mostrado que a diversidade de gênero é um fator crucial para a inovação. As mulheres trazem diferentes abordagens para resolução de problemas, gestão de recursos e desenvolvimento de tecnologias, o que tem contribuído para o aumento da eficiência e produtividade. No que diz respeito à liderança, as mulheres têm se destacado em posições de comando, influenciando positivamente com a sensibilidade e a capacidade de comunicação, essencial para o sucesso a longo prazo do setor”, afirma Alessandra.
A economista, Dorothea Werneck abrirá o workshop abordando a importância da equidade de gênero e diversidade nas organizações. Em seguida, Marzia Lanfranchi, co-fundadora do Cotton Diaries e consultora de sustentabilidade, falará sobre o papel da mulher no setor de algodão.
Zanotto liderará o painel “Cultivando o Presente: A importância da liderança feminina no agro”, com a exposição de cases de liderança. Participa do debate, também, Pollyana Saraiva, do Rabobank, que falará sobre a importância da liderança feminina para o Brasil e, em específico, para o agronegócio brasileiro. Outros temas serão discutidos no workshop, tais como, os diferenciais da liderança feminina e como promover e incentivar a liderança feminina no agronegócio brasileiro.
O encontro seguirá com o Painel: “Cultivando o Futuro: O Papel das Mulheres na Produção de Algodão”. Rafaela Albuquerque, gestora do projeto setorial Cotton Brazil, na Apex, será a mediadora do debate. “A temática de igualdade e equidade de gênero no agronegócio brasileiro é particularmente relevante e crucial para promover uma gestão mais diversa e inovadora. O incentivo à inclusão de mais mulheres em cargos de liderança traz novas perspectivas para o setor, uma vez que a diversidade de gênero é associada a uma maior capacidade de resolver problemas de maneira criativa e eficaz, promovendo a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes”, acredita.
Quem abrirá a programação do workshop será a convidada Kim Hanna, da ICA Women in Cotton. Ela falará, on-line, sobre a liderança feminina no mercado internacional e a importância das conexões globais entre mulheres atuantes no setor. O encontro segue com Ingrid Zabaleta, da FAO, que destacará a sustentabilidade e o desenvolvimento no setor do algodão com o tema “Promovendo a Igualdade de Gênero e Sustentabilidade na Agricultura”. Encerra a programação da sala, a empresária Geni Schenkel, do projeto Agroligadas, cujo objetivo é conectar mulheres do campo e da cidade, a fim de inspirar uma nova visão sobre o Agro através da educação e da comunicação. Geni falará sobre as redes de apoio e capacitação.
“Acredito que o encontro será muito profícuo, pois além de promover debates interessantes, será uma oportunidade para integração e networking entre mulheres envolvidas com agronegócio, proporcionando um ambiente de suporte mútuo e troca de experiências”, afirma Rafaela Albuquerque.
Compartilha da mesma opinião, a coordenadora do Painel 1, Alessandra Zanotto, para quem o CBA representa uma oportunidade histórica para destacar e fortalecer a presença das mulheres na indústria do algodão. “Espero que este workshop promova e aumente a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero no agronegócio, mostrando como a participação feminina pode transformar e enriquecer o setor. Que seja um espaço para inspirar outras mulheres a assumirem papéis de liderança, através de um ambiente de colaboração, onde as participantes possam trocar experiências, ideias e estratégias”, conclui.
Fonte: Abrapa