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14ª CBA abordará práticas agronômicas, escolha de variedades e tecnologia no beneficiamento para maximizar a qualidade da fibra

A qualidade do algodão brasileiro é um valor que depende de um esforço coletivo, que se inicia na escolha da variedade adequada e se estende por todas as etapas do processo, desde o campo até o beneficiamento. O 14ª Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) irá proporcionar um espaço para o diálogo entre os diferentes elos da cadeia produtiva, incluindo produtores, indústria têxtil, trades e especialistas, com o objetivo de identificar desafios, compartilhar boas práticas e buscar soluções conjuntas para garantir a produção da fibra de excelência e competitiva no mercado internacional. Desta forma, o tema qualidade/colheita/beneficiamento será um dos eixos temáticos do Congresso, evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que será realizado entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza/CE.

A primeira sala irá abordar a percepção da qualidade da pluma no mercado internacional, destacando sua importância para a eficiência do produto. A segunda se concentrará na elaboração e preservação dela desde o campo até o beneficiamento, com foco em práticas agronômicas e escolha de variedades para maximizar as características da pluma. “Especialistas renomados compartilharão suas experiências e insights, discutindo como ela impacta diretamente a competitividade no mercado global. Além disso, uma terceira sala enfatizará a necessidade de investimentos em tecnologia e inovação para manter e elevar os padrões do algodão brasileiro”, afirma Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA.

Ainda na primeira sala, haverá um momento específico dedicado ao índice de fibras curtas no algodão, no qual o Brasil vem avançando ano a ano –, a uniformidade dos lotes e a melhoria da percepção da imagem do comprador são questões já solucionadas, como a pegajosidade do algodão (stickness). Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa, fornecerá uma visão abrangente da perspectiva da fibra nacional no mercado externo, com ênfase nas críticas e preocupações relacionadas à presença dessas fibras curtas. Em seguida, um representante da indústria têxtil discutirá os impactos do teor de fibras curtas na produção, abordando desde questões de produtividade até a qualidade final do produto. Para concluir a sessão, serão apresentados resultados de pesquisas e estratégias para mitigar a presença dessas fibras no produto brasileiro, visando assegurar suas vantagens no setor internacional.

A segunda sala aprofundará a elaboração e preservação da qualidade da fibra desde o campo até o beneficiamento. Um agrônomo especialista abordará os fatores que influenciam no campo, como maturidade e fragilidade da casca, e mostrará os manejos recomendados para otimizar a produção de fibras de excelência. A escolha da variedade será abordada. “O foco estará na importância de minimizar problemas como o ‘Seed Coat Fragment’, pedaços de casca que se quebram durante o beneficiamento e impactam negativamente o resultado do produto”, explicou Belot.

Por fim, Edmilson Lima compartilhará a sua experiência de atuação no mercado com colheita e beneficiamento, com foco na preservação da qualidade elaborada a campo. A terceira sala irá explorar a evolução das práticas de colheita e beneficiamento ao longo dos últimos anos. O destaque será dado à necessidade de implementar boas práticas de colheita e realizar investimentos adequados em máquinas e equipamentos para garantir o beneficiamento eficiente do algodão. Um especialista em mercado irá avaliar os ganhos financeiros que poderão ser obtidos pelo produtor com a adoção dessas recomendações.

Fonte: Abrapa

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ampasul

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