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A boa reputação do algodão brasileiro o precede

Nos últimos meses, tenho falado, recorrentemente, sobre o alinhamento entre expectativa e realidade, tanto do ponto de vista da oferta quanto da demanda, no comércio de algodão. Nessas conversas, insisto em frisar a importância da precisão e da fidedignidade nos dados de análise instrumental de fibra, para que o entendimento entre as partes seja harmônico. Para isso, sempre evidenciando o cumprimento do marco legal para a classificação da commodity, no qual se destaca a Instrução Normativa nº24, publicada em 14 de julho de 2016.

Estes assuntos estão na ordem do dia da cotonicultura nacional, porque um esforço conjunto está sendo empreendido por produtores de algodão e governo para implementar a certificação voluntária/autocontrole no Brasil, com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro, que tem o respaldo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ele representará uma espécie de “passe livre” do nosso algodão. Deve acelerar etapas e dispensar a necessidade de rechecagem do produto pela indústria, a partir do pressuposto de que a análise da fibra comercializada é fidedigna.

Duas palavras saltam aos olhos nestas últimas sentenças: “autocontrole” e “pressuposto”. O autocontrole significa que o produtor, a Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) e o laboratório de análise de fibras são os entes que provêm as informações acerca da amostra de algodão e do fardo de onde ela veio. Para tanto, toda uma estratégia logística foi criada e está sendo implementada. Ela inclui a designação de inspetores trabalhando nas Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) e nos laboratórios. São funcionários destas empresas, capacitados e responsáveis legais pelas informações que fornecem. Estes dados abastecem o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), Standard Brasil HVI (SBRHVI)  e serão validados pelo Mapa.

A segunda palavra que se destaca é pressuposto. O sucesso da certificação oficial/voluntária depende do entendimento prévio, pelo comprador, de que o Brasil é uma origem confiável no que tange à qualidade dos laudos de análise de algodão. Que o nosso sistema opera com informações fidedignas e não há por que rechecar o produto – oficialmente certificado – no destino.

O pressuposto da fidedignidade é proporcional à reputação, e esta é um atributo da coletividade. Uma boa reputação é o que fortalece a imagem do algodão brasileiro no mercado e ela depende do trabalho e da idoneidade do produtor, dos operadores das usinas de beneficiamento, do pessoal do laboratório e dos agentes do governo, cumprindo corretamente o seu ofício.

A boa reputação do algodão brasileiro o tem feito avançar muitas “casas” na preferência da indústria mundial. Ela vem sendo construída dia a dia. É resultado direto do alinhamento dos cotonicultores do Brasil com os compromissos da Abrapa com a qualidade da análise, a rastreabilidade da cadeia produtiva, a sustentabilidade em cada operação e as iniciativas da associação para divulgar o algodão brasileiro, mostrando suas vantagens competitivas e a história das muitas pessoas que o produzem.

No Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro cada um dos elos envolvidos é responsável pelo que informa, e os dados precisam coincidir, para ser verdadeiros. Se todos fizerem sua parte, todos ganham. Se um só falhar, todos perdem. Nessa fase de implantação, vão surgir dúvidas e mesmo algumas resistências, afinal, mudanças exigem adaptação. O mercado também vai demandar um tempo para normalizar a novidade, mas, em breve, e se continuarmos a fazer tudo certo, o pressuposto da boa reputação do algodão brasileiro irá precedê-lo e o fazer avançar ainda mais rápido.

Fonte: Abrapa

Author

ampasul

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