Sou de Algodão destaca sustentabilidade e rastreabilidade no Cotton Trip
Sustentabilidade e rastreabilidade em cada peça de roupa. O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), levou estes conceitos para o Cotton Trip, com a presença da imprensa nacional, na última semana. O Guia JeansWear acompanhou de perto o processo de produção do algodão na fazenda Pamplona, em Goiás, da SLC.
A SLC é um dos centenas de grupos agrícolas que possuem o selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável), um programa auditável pela Abrapa, e que assegura a sustentabilidade da fibra nas boas práticas sociais, ambientais e econômicas. As práticas abrem um mercado mais valorizado pelos consumidores internos e também no mercado internacional.
Para começar, a fibra brasileira é cultivada de forma responsável (75% da produção possui certificação socioambiental), gera empregos, movimenta a economia, contribui para uma moda consciente e muito mais.
Após a colheita, os rolos de algodão — cada um com cerca de dois metros de diâmetro e 2.300 quilos — são levados ao beneficiamento, um processo composto por nove tipos de máquinas que prepararam o algodão para o envio às indústrias. No caso, a SLC possui usinas de beneficiamento em suas sedes, realizando esta etapa sem que o produto saia das fazendas.
Nosso país é campeão mundial em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação: mais de 90% de nossas plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver e dão uma verdadeira aula sobre origem consciente e inovação. Com tecnologia avançada, hoje com o uso dos drones de pulverização conseguem atuar em áreas de difícil acesso e em aplicações localizadas dentro dos talhões.
Em um panorama geral, é importante destacar que o Brasil é atualmente o segundo maior exportador e o quarto maior produtor de algodão. O país tem um potencial de produção de 5 milhões de toneladas em curto prazo, hoje produzimos 2,8 milhões de toneladas.
O consumo das industrias têxteis nacionais é de 750 mil toneladas por ano. Todo o excedente é exportado para a Ásia (China,Coreia do Sul, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Tailândia e Índia). Somente na temporada 2020/2021, as exportações cresceram 23%.
SOU ABR
Entre suas principais ações na indústria, a Abrapa criou o selo Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), um programa desenvolvido para consumidores que se fundamentam em valores ligados à sustentabilidade, conscientes quanto ao impacto de suas escolhas de compra.
Através da rastreabilidade total de uma peça de roupa, é possível identificar a origem certificada do algodão e todas as empresas e etapas pelas quais a matéria-prima passou até a sua venda como produto final. Esta é uma forma de promover meios de produção justos e informar, com transparência, a origem de uma peça adquirida no varejo.
Hoje, as marcas Renner, Reserva e Youcom são as três varejistas que estão usando o selo, respeitando as origens e oferecendo transparência em um processo de consumo mais consciente. A partir de 2023 a Abrapa começa a expandir a rastreabilidade da cadeia incluindo mais empresas.
EVOLUÇÃO
Recentemente, a Abrapa melhorou o serviço de rastreamento dos fardos, que pode ser consultado por meio do sistema SAI no portal da associação. Além disso, graças a investimentos em modernização, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), os sistemas foram unificados em uma só plataforma em que os bancos de dados se comunicam, permitindo o cruzamento de informações de produção das algodoeiras e um mapeamento mais detalhado do comportamento da safra.
As algodoeiras também evoluíram e a maioria delas já possui programas informatizados para, uma vez informado o código, fornecer todas as características adicionais como peso do fardo, nome da algodoeira, produtor e dados da classificação.
Praticando a gestão por resultados, desde o início, a associação assumiu o compromisso de tornar a cotonicultura brasileira cada vez mais conhecida e competitiva, tanto no cenário nacional quanto internacional. Num trabalho de melhoria contínua, quatro aspectos ganharam destaque ao longo desses anos: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e marketing.
A meta da Abrapa é ser “o maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico de seu produto”, informou Marcio Porto Carrero, diretor executivo da Abrapa.
Leia mais: Sou de Algodão destaca sustentabilidade e rastreabilidade no Cotton Trip – Guia JeansWear
Fonte: Mídia: Guia JeansWear