Estudantes de moda de quatro estados e do Distrito Federal disputam a final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores
Oito futuros estilistas de sete instituições de ensino de quatro estados brasileiros e do Distrito Federal apresentarão suas coleções, no dia 07 de julho, em São Paulo, na final do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, realizado pelo Movimento Sou de Algodão, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto com a Casa de Criadores, maior evento de moda autoral do País.
A competição, que contou com a participação de 462 trabalhos de todo Brasil, é a grande oportunidade para a descoberta de novos talentos para o mercado, e o estilista vencedor terá uma vaga no line-up oficial da Casa de Criadores, a partir da edição de novembro deste ano, além de um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil. Os três primeiros colocados também receberão produtos das tecelagens parceiras do Movimento e um programa de orientação profissional, promovido por apoiadores do concurso. Já o professor orientador do primeiro colocado receberá R$ 10 mil como bolsa orientação destinada à pesquisa sobre algodão.
A 2ª edição do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores contou com a inscrição de 249 trabalhos da região Sudeste, 97 do Sul, 61 do Nordeste, 37 do Centro-Oeste e 10 do Norte. Entre os estados, São Paulo liderou a lista com 181 trabalhos, Paraná com 45 inscritos, Minas Gerais com 35, Rio de Janeiro com 32 e Rio Grande do Sul com 29.
Na edição passada, o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores revelou nomes como Ateliê Fomenta, Assumpta, Era Brand, Rodrigo Evangelista, Dario Mittmann e Mateus Cardoso, que foi o ganhador da competição.
Conheça abaixo um pouco de cada finalista:
Nordeste
Esron Candeia de Souza, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN)
O estudante revela que pretende acender ainda mais o alerta para a necessidade da garantia aos direitos básicos e de segurança à comunidade LGBTQIA+, além de mostrar a potência criativa do Nordeste, levando para as peças a arte manual, tradição de suas raízes, com uma aplicação diferente do que se imagina do artesanato nordestino, em especial, do crochê.
Gabe Sousa, da Universidade Potiguar (UnP)
O finalista, que representa o Rio Grande do Sul, diz que quer apresentar algo mais ousado e vibrante, por meio das cores e das formas. “Poder mostrar a minha coleção ao público, junto à Casa de Criadores, é um sonho. Para mim, significa a afirmação de que escolhi o caminho certo ao abraçar o que amo, que tenho a possibilidade de tocar as pessoas com o meu trabalho e conquistar o meu lugar ao sol”, finaliza.
Centro-Oeste
Joyce Helena de Souza Campos, da Universidade Paulista (UNIP)
De Goiânia, a estudante que, na verdade, é natural de Pernambuco, diz que expor o passado materializado na arte da moda, se tornou o seu sonho. “As palavras que me restam para expressar o que sinto por estar na final de um concurso como esse, serão contadas no meu desfile. Afinal, almejo ser esta porta-voz das riquezas que temos e contá-las sob meu olhar”, finaliza.
Thayná Cristyne Araújo Marques, da Universidade Paulista (UNIP)
Representando Brasília, ela diz que se sente realizada e grata por ser uma das finalistas do concurso. “Por meio da moda, e como pessoa autista, sinto que, com essa oportunidade, vai se tornar mais fácil falar sobre o autismo, sem tabu e com menos estigmas. Trago, com minha coleção, a proposta de pessoas autistas falarem por elas mesmas”, afirma.
Sudeste
Christian Sato, da faculdade Belas Artes
Representando a cidade de São Paulo, esse finalista apresenta a coleção intitulada como “Binômio”, que soma a ancestralidade do Japão com o universo da tecnologia. “Algumas roupas foram construídas a partir das técnicas do Boro e Sashiko, método tradicional do País de costura e bordado feito à mão que formam um conjunto de costuras e texturas bordadas”, finaliza Sato.
Guilherme Dutra, da faculdade Santa Marcelina
O estudante paulista irá apresentar a coleção “ARÔ” e diz que é uma experiência muito enriquecedora enquanto profissional. “É algo que levarei na memória para o resto da minha vida. Espero que meu projeto ultrapasse as diversas barreiras sociais, homenageie e celebre a minha ancestralidade”, comemora o estudante.
Sul
Thays Mariane Veronez Machado, da Universidade Estadual de Londrina
Representando a região Sul, essa estudante utilizou tecidos 100% algodão como base para pinturas que fez manualmente com referências históricas. “Ser finalista entre tantos talentos, sabendo que nós estamos valorizando uma fibra natural e tão maravilhosa, é uma contribuição para a moda brasileira, mas também, um grande passo na minha carreira”, comemora.
Wender Neves, da Faculdade de Administração e Ciências Econômicas (Facec)
A coleção do estudante do Paraná se chama “Cidade Jardim” e foi inspirada na segunda maior reserva urbana florestal do Brasil. “A regionalidade está ligada intrinsecamente no parque do cinturão verde e, durante meu processo, desenvolvi uma tela feita de aço e fibra de bambu. Com isso, tive a possibilidade de criar novas texturas com o algodão que vocês vão poder conferir em breve”, explica.
Fonte: Abrapa